Jogos da Juventude terminam em Brasília com recordes e legados

Evento que fomenta o olimpismo nacional teve participação inédita de 4.700 atletas de até 17 anos das 27 Unidades da Federação, muitos apoiados pelo Bolsa Atleta do Governo do Brasil

Com a participação recorde de 4.700 atletas de 14 a 17 anos, muitos deles apoiados pelo Bolsa Atleta do Governo do Brasil, os Jogos da Juventude CAIXA Brasília 2025 terminaram nesta quinta-feira, 25 de setembro, em Brasília, com clima de festa pelo sucesso da competição.

Já vimos no passado atletas que passaram por aqui e tiveram grande sucesso na carreira. Pelo nível de competições que tivemos aqui em Brasília, tudo leva a crer que no futuro esta lista vai incluir nomes que estiveram nas disputas de 2025″

Daniel Santiago, gerente-geral dos Jogos da Juventude

Durante 15 dias, jovens atletas das 27 Unidades da Federação competiram em 12 instalações em 20 modalidades na capital federal: águas abertas, atletismo, badminton, basquete, ciclismo, esgrima, futsal, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, judô, natação, remo virtual, taekwondo, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo, vôlei de praia, voleibol e wrestling. Foram montados 33 campos de jogo montados onde 502 árbitros oficiais garantiram que as competições fossem disputadas no mais alto nível. Ao todo, 13 hotéis hospedaram atletas, oficiais e organizadores num total de 37.191 diárias. Mais de 62.000 refeições foram servidas e 1.720 medalhas foram entregues.

QUADRO FINAL – Ao fim, o estado de São Paulo conquistou o primeiro lugar no quadro de medalhas, com 112 pódios. Foram 44 medalhas de ouro, 34 de prata e 34 de bronze. Em segundo lugar ficou o Rio de Janeiro, com 80 medalhas – 28 de ouro, 29 de prata e 23 de bronze. Paraná, Santa Catarina e Maranhão completaram o top 5 da competição. Ao todo, atletas de 25 Unidades da Federação conseguiram ao menos uma medalha.

LEGADO GARANTIDO – Para Daniel Santiago, gerente-geral dos Jogos da Juventude, a edição confirma o evento como grande celeiro de esportistas. “Já vimos no passado atletas que passaram por aqui e tiveram grande sucesso na carreira. Pelo nível de competições que tivemos aqui em Brasília, tudo leva a crer que no futuro esta lista vai incluir nomes que estiveram nas disputas de 2025”, comentou.

HISTÓRICO – Segundo informações do Comitê Olímpico do Brasil (COB), nos Jogos Olímpicos de Paris (2024), 37% da delegação havia passado pelos Jogos da Juventude. Nomes consagrados do esporte brasileiro, como o vice-campeão mundial Alison dos Santos “Piu” (Atletismo), as campeãs mundiais Mayra Aguiar (judô) e Duda Amorim (handebol) e até o atacante Rodrygo, do Real Madrid, já passaram pela competição.

PARCERIA – A grandiosidade da edição só foi possível em função da parceria entre COB e Governo do Brasil, por meio do Ministério do Esporte. “Uma das preocupações da nossa gestão é levar o esporte da melhor forma e com a maior qualidade possível, com políticas eficientes e acessíveis na ponta para todo o povo brasileiro”, lembrou o secretário nacional de Esporte Amador, Educação, Lazer e Inclusão Social do Ministério do Esporte, Paulo Henrique Cordeiro.26092025_jogo_juventude_grd1.jpgCompetição foi disputada em 12 instalações na capital federal e reuniu 20 modalidades, como a ginástica rítmica. Foto: Abelardo Mendes Jr / COB

BOLSA ATLETA – A secretária nacional de Excelência Esportiva do Ministério do Esporte, Iziane Marques, lembrou que muitos dos jovens que brilharam em Brasília já fazem parte do Bolsa Atleta, fundamental para que possam seguir no caminho do alto rendimento.

MAIS QUE ESPORTE – Nem todas as vitórias foram medidas em pódios. O paraense Victor Gabriel Silva, do handebol, emocionou muitos colegas ao relatar como encontrou no esporte um aliado para vencer a depressão diagnosticada aos 10 anos. “Hoje não penso mais em coisas ruins. O handebol mudou a minha vida”, disse o atleta de 16 anos. Na ginástica rítmica, a pernambucana Fernanda Barreto, de 14, competiu dias após perder a mãe para um câncer raro. Transformou a dor em força e dedicou cada movimento como homenagem, sob os olhares do pai e da treinadora. Outra história que encantou foi a do roraimense Mitsurraro Morikawa, descendente de indígenas e japoneses, que sequer conhecia as regras do badminton há um ano. Morador de uma vila com cerca de mil habitantes, surpreendeu ao chegar às quartas de final no individual masculino.

PATROCÍNIO – A Caixa e as Loterias CAIXA são patrocinadores master do COB até 2028, por meio de um acordo anunciado em setembro de 2024 e classificado como o maior patrocínio da história do esporte olímpico brasileiro, estimado em R$ 160 milhões para todo o ciclo. Os jogos da Juventude integram esse pacote. A competição contou com suporte da Lei de Incentivo ao Esporte (LIE), do Governo do Brasil, que permite que recursos de renúncia fiscal sejam aplicados em projetos esportivos e paradesportivos em todo o território nacional. Em 2024, a LIE superou R$ 1 bilhão captados em todo o país.26092025_bruninho.jpgÍdolos do esporte nacional, como o levantador Bruninho, interagiram com os atletas na condição de ‘embaixadores’. Foto: Abelardo Mendes Jr. / COB

PREVENÇÃO – A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (SENAD) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) esteve presente para levar aos atletas informações sobre o Pronasci Juventude, criado para prevenir a violência e a criminalidade associadas aos mercados ilegais de drogas.

ID JOVEM – Órgão do Governo do Brasil responsável pela coordenação, implantação e execução da Política de Juventude, a Secretaria Nacional de Juventude também participou da competição, efetuando o cadastro em tempo real do ID Jovem. A Identidade Jovem é um documento gratuito de emissão virtual que possibilita ao jovem de baixa renda o acesso a diversos benefícios como desconto de 50% em cinemas, teatros, shows e outros eventos artístico-culturais e esportivos.

COMBATE AO RACISMO E ZÉ GOTINHA – Outras ações do Governo do Brasil durante os Jogos da Juventude incluíram o fortalecimento da campanha contra o racismo e o incentivo à vacinação no país, por meio da participação no evento do mascote Zé Gotinha.

ANTIDOPAGEM – A Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), vinculada ao Ministério do Esporte, participou com um conjunto de ações educacionais voltadas a atletas, técnicos, equipes de apoio e público em geral. Em espaço interativo, ofereceu informações, atividades lúdicas e vivências práticas. As atrações incluíram simulação de controle de dopagem, na qual os participantes poderão acompanhar como é realizada uma coleta de amostras.

EMBAIXADORES – Cada esporte teve um atleta consagrado como embaixador no evento: Bia Souza, no judô; Bárbara Domingos, na ginástica rítmica; Luisa Baptista, no triatlo; Renato Rezende, no ciclismo; Luccas Abreu, no tiro com arco; Rosângela Santos, no atletismo; Bruninho, no voleibol; Ketleyn Quadros, no judô; Duda Amorim, no handebol; Janeth Arcain, no basquete; Giullia Penalber, no wrestling; Guilherme Toldo, na esgrima; Agatha Rippel, no vôlei de praia; Luccas Abreu, no tiro com arco; Fabiana Silva, no badminton; Lígia Silva, no tênis de mesa; Fabiana Beltrame, no remo; Allan do Carmo, em águas abertas; e Maria Clara Pacheco, no taekwondo. 

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