A cantora canadense Céline Dion, 55 anos, falou sobre a doença autoimune que enfrenta – síndrome da pessoa rígida -, em entrevista a revista Vogue França, nesta última segunda-feira (22/04).
“Não venci a doença, pois ela ainda está dentro de mim e sempre estará. Espero encontrar um milagre, uma forma de curá-la com pesquisas científicas, mas por enquanto tenho que aprender a conviver com isso. Então sou eu, agora com Síndrome da Pessoa Rígida”, disse ela.
A Síndrome da Pessoa Rígida é uma condição neurológica rara, de caráter autoimune, que acomete o sistema nervoso central. A doença afeta uma ou duas pessoas em cada milhão e entre os principais sintomas estão a rigidez muscular e espasmos. Apesar de não ter cura, há possibilidades de tratamento, que são limitadas e variam de pessoa para pessoa.
Céline Dion contou que está focada em ter qualidade de vida, por isso está vivendo uma rotina intensa de exercícios, cinco vezes por semana, com atividades para o corpo e voz.
“A vida não traz respostas. Apenas precisa ser vivida! Tenho essa doença por uma razão desconhecida. Tenho duas escolhas. Ou treino como uma atleta e trabalho muito duro ou me desconecto e acabou, fico em casa, ouço minhas músicas, fico na frente do espelho e canto para mim mesma. Escolhi trabalhar com todo o meu corpo e alma, da cabeça aos pés, com uma equipe médica. Quero ser a melhor versão de mim mesma. Meu objetivo é rever a Torre Eiffel”, disse a cantora.
A cantora ressaltou a importância de ter o apoio da família e amigos e ter um suporte nesse tratamento. “As pessoas que sofrem dessa síndrome talvez não tenham a sorte ou os meios de ter bons médicos, bons tratamentos. Eu tenho esses meios, tenho esse presente. Além disso, tenho essa força dentro de mim. Eu sei que nada vai me parar”.
Volta aos palcos
Céline Dion falou sobre a possibilidade de voltar aos palcos, e afirmou que ainda não é possível dizer se um dia ela voltará.
“Hoje, não posso te dizer: ‘Sim, daqui a quatro meses.’ Meu corpo vai me dizer. No entanto, não quero apenas esperar. É difícil emocionalmente viver um dia de cada vez. Trabalho muito e amanhã será ainda mais difícil. Mas há algo que nunca vai parar, é querer. É a paixão. É o sonho. É a determinação”, falou Dion.