Comitê de Sanidade avança com medidas para prevenir Influenza Aviária

O Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa) cumpriu mais uma etapa do Plano de Vigilância da Influenza Aviária e doença de Newcastle, com o objetivo de alertar para a possível chegada da Influenza ao Brasil. As doenças têm potencial para causar grandes prejuízos sanitários e econômicos à cadeia de produção avícola, afetando especialmente os estados maiores produtores.

As informações e orientações foram repassadas durante palestra on-line proferida pelo médico veterinário Luiz Sesti, especialista em avicultura na empresa Ceva Saúde Animal, para um grupo de 165 médicos veterinários que atuam na Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e na Superintendência Federal da Agricultura em Goiás (SFA-Goiás).

Também participaram médicos veterinários que atuam na iniciativa privada da área de avicultura como Responsáveis Técnicos e ainda profissionais que atuam como sanitaristas e habilitados na área.

Comitê Estadual de sanidade avícola

O evento foi organizado pelo Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa) que reúne vários órgãos e entidades ligados ao setor avícola. Abordando o tema Atualização Técnica sobre a Prevenção e Controle da Influenza Aviária, o especialista Luiz Sesti destacou o avanço da doença na América Latina, com registro de casos no México, Panamá, Costa Rica, Venezuela, Colômbia, Cuba, Equador, Bolívia, Peru e Chile.

Um dos pontos centrais da palestra foi a necessidade de ampliar e fortalecer as medidas de biosseguridade nas granjas, nas indústrias e também nos processos de transporte das aves. Conforme Luiz Sesti, é fundamental que todos os profissionais que atuam na cadeia produtiva da avicultura estejam conscientes e atentos aos perigos da Influenza Aviária, adotando todas as medidas sanitárias capazes de prevenir a contaminação dos plantéis.

Reprodução e venda

Em outra reunião presencial na manhã de hoje (10/2), autoridades da Agrodefesa estiveram com representantes de empresas de reprodução avícola e que realizam a comercialização de pintinhos de um dia para revendas de aves vivas, para orientar e exigir o cumprimento das normas sanitárias estabelecidas para essas operações, tais como correta emissão de Guias de Trânsito Animal (GTAs) e documentos fiscais. Nesse sentido, a Agência irá intensificar a fiscalização nos estabelecimentos comerciais.

“Precisamos conscientizar e unir esforços em todos os segmentos da cadeia produtiva para evitar, tanto quanto possível, a chegada da Influenza em Goiás”, afirmou Antônio do Amaral Leal, gerente de Sanidade Animal, ao discorrer sobre as normas sanitárias que regem esse elo da cadeia. Além disso, ele também reforçou as recomendações sobre as medidas de prevenção da doença.

Outras providências

Em recente reunião do Coesa realizada na Agrodefesa foram alinhadas diversas medidas de divulgação, conscientização e orientação para prevenção e controle da Influenza e da Newcastle, dentre elas a palestra realizada nesta quinta-feira para médicos veterinários. Outras medidas estão previstas como realização de reunião organizada pela Associação Goiana de Avicultura com seus associados, com participação de profissionais da Agrodefesa.

E ainda o envio de comunicação ao Conselho Regional de Medicina Veterinária com propostas de ações de mobilização e esclarecimento dos médicos veterinários Responsáveis Técnicos nas revendas de produtos agropecuários para que repassem orientações aos criadores sobre os riscos da Influenza e como proceder em casos suspeitos.

Outra ação, que já está em execução, é a produção de material de educação sanitária pelo Coesa, por meio da AGA, para distribuição às revendas agropecuárias, como forma de chamar a atenção dos avicultores e demais segmentos envolvidos relativos à Influenza.

MEDIDAS FUNDAMENTAIS DE BIOSSEGURIDADE

  • Isolamento da granja a uma distância segura de possíveis focos de vetores
  • Cercamento da propriedade
  • Lavagem e sanitização das instalações e dos veículos
  • Restrição de visitas aos criatórios
  • Vazio sanitário entre cada lote
  • Execução do programa de vacinação
  • Adoção de medidas de manejo sanitário
  • Isolamento e tratamento de animais que adoecem
  • Uso de água potável e tratada para os animais, bem como para higienização
  • Rigoroso controle de qualidade dos ingredientes de ração
  • Tratamento correto dos dejetos e efluentes
  • Destinação correta dos resíduos das instalações e dos animais que morrem
  • Utilização obrigatória de tela de no máximo 1 polegada em todos os galpões (principal objetivo é coibir o ingresso de pássaros no interior do aviário)
  • Observação de outras exigências alinhadas na Instrução Normativa nº 56/2007 do Mapa e Instrução Normativa nº 04/2010 da Agrodefesa.

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