Prevista na lei de criação da Companhia, há mais de 50 anos, a nova legislação apenas atualiza o texto da matéria para o mercado financeiro dos dias atuais
A Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira (5/11) o projeto de lei, de autoria do Governo de Goiás, que prevê a venda de até 49% das ações da Saneago. Durante a sessão plenária, os deputados da base aliada defenderam que a abertura do capital para o mercado financeiro trará grandes benefícios para o Estado. “Em primeiro lugar, a matéria jamais seria votada se fosse privatização. O projeto garante 51% [das ações], no mínimo, para o Governo estadual”, explicou o líder do governo na Casa, deputado estadual Bruno Peixoto.
Chico KGL, Paulo Trabalho, Henrique César, Wagner Neto e vários outros deputados utilizaram a tribuna para destacar os pontos positivos do projeto de lei. “Respeito qualquer opinião contrária, mas se esse dinheiro [da venda das ações] for investido na Saneago, teremos uma valorização muito grande da Companhia, que é o patrimônio dos goianos”, defendeu Wagner Neto.
O texto aprovado pelo plenário contém emenda do deputado Rubens Marques, que obriga a aplicação de pelo menos 30% do recurso adquirido em saneamento básico em Goiás. O projeto de lei segue para segunda votação em plenário, que tem um prazo de 24 horas.
Sem privatização
Na última sexta-feira (1º/11) o governador Ronaldo Caiado participou de solenidade de entrega de 22 veículos para a Saneago, que foram destinados ao Programa de Segurança de Trabalho da companhia, e reforçou que não haverá privatização da Companhia.
“A Saneago continuará tendo o comando, com a preservação de 51% de suas ações. Buscamos dar musculatura à Companhia para não ceder espaço a outras empresas privadas que querem apenas [atuar] nas grandes cidades, deixando de lado mais de 100 municípios goianos que não têm atendimento de água de qualidade”, ressaltou Caiado.
Na ocasião, o presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, ainda comentou que a autorização de venda das ações já estava prevista desde a criação da empresa e que o projeto de lei enviado para a Assembleia apenas moderniza a negociação para os dias atuais.
“Não é uma nova lei, não está se autorizando. Isso já está autorizado há mais de 50 anos, quando foi criada a empresa. Está na lei de criação da empresa essa possibilidade. O projeto que foi encaminhado para a Assembleia Legislativa foi apenas para atualizar as práticas de mercado de hoje em dia”, concluiu.
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás