O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (19) que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, irá assinar ainda hoje, um novo protocolo da utilização da cloroquina em pacientes com coronavírus. De acordo com Bolsonaro, o novo protocolo vai permitir a utilização a partir dos primeiros sintomas.
Até então, a cloroquina, de acordo com o último protocolo, em 31 de março, permitia o uso da cloroquina apenas em situações de casos graves.
De acordo com Bolsonaro, isto se trata de “democracia”, onde só irá tomar quem quiser, “Se não quiser, não tome”.
Ele não perdeu inclusive, a oportunidade de fazer uma piada da situação, momento em que o Brasil registra mais de mil mortes em 24 horas, “Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda, Tubaína”.
Ainda de acordo com presidente Pazuello continua no cargo, “É um gestor de primeira linha, e esta fazendo um excepcional trabalho lá”, firma Bolsonaro.
O que você precisa saber sobre a Cloroquina e Hidroxicloroquina
A cloroquina é um remédio para tratar pacientes com malária, enquanto a hidroxicloroquina, além de tratar a mesma doença, também é usada no tratamento de doenças auto imunes, como lúpus e artrite reumatoide.
Esse tipo de medicamento, como qualquer outro remédio, apresentam efeitos colaterais – no caso específico, associado a problemas cardíacos -, podendo causar morte. Por isso, é importante avaliar a utilização do medicamento, sobretudo, quando não há supervisão médica.
Na semana passada, depois que o então ministro da Saúde, Nelson Teich, alertou sobre os riscos do medicamento, Bolsonaro manteve sua posição sobre o uso dele na pandemia.
Dias após as declarações do presidente, Teich pediu demissão do cargo, menos de um mês depois de assumi-lo.
No mesmo dia, o Ministério da Saúde divulgou nota afirmando que vai dar orientações sobre o uso da cloroquina em casos leves de Covid-19, mesmo sem existirem evidências científicas para isso, como foi visto no início da matéria.