Com as fortes tempestades e rajadas de vento que atingiram o Sul do país na tarde e na noite desta terça-feira, o termo “ciclone bomba” ganhou as manchetes dos portais de notícias e dos veículos de comunicação. O fenômeno natural já deixou ao menos dez mortos em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além dos estragos que causou por onde passou. Os ventos continuarão fortes nesta quarta-feira em toda a região.
O termo “ciclone bomba” é usado para descrever os ciclones que se formam após uma rápida queda da pressão atmosférica – ao menos 24 milibars em 24 horas. A pressão atmosférica é o peso da coluna de ar sobre a terra. Quando a pressão do ar está muito baixa e o centro do ciclone está muito próximo ao continente, vindo do mar, a situação requer atenção por causa da força dos ventos formados pelo ciclone e o risco de danos que pode gerar.
O “ciclone bomba” se forma quando o ar frio do continente se choca com ar quente vindo do oceano. Os ventos e a rotação da Terra criam um efeito de centrifugação, por isso o termo ciclone.
Nesta quarta-feira, a tendência da pressão do ar é cair no centro do ciclone. Segundo a Climatempo, as rajadas de vento podem continuar entre 60km e 80km/h na maioria dos estados do Sul. Algumas cidades do sul e do leste do Rio Grande do Sul podem ter rajadas de até 100km/h. A Marinha do Brasil alerta para mar muito agitado no litoral da região, com risco de ressaca entre o Rio Grande do Sul e Florianópolis, em Santa Catarina.