Bianca Andrade, ou Boca Rosa, ela é youtuber, atriz, ex-BBB e agora apresentadora. De volta ao seu canal após um ano e meio afastada, Bia está prestes a estrear o programa Boca a Boca.
Influencer de sucesso e uma das primeiras do Brasil, Bia conta que passou perrengues ao criar seu canal na internet. Criada na Maré, comunidade da Zona Norte do Rio de Janeiro, ela trabalhava com a mãe para ajudar nas contas de casa e comprar maquiagens e equipamentos para manter sua plataforma. No caminho, ela também se deparou com falta de energia elétrica para gravar vídeos e o bullying que sofria no colégio.
“O começo foi por hobby, despretensioso, mas tenho uma veia pulsante para os negócios. Fui fazendo, entendendo e investindo. Já trabalhava em buffet com a minha mãe e juntava dinheiro. Sempre contribuí com as contas de casa como podia, desde novinha, e ainda comprei câmera e computador. Estava apaixonada por gravar vídeos de maquiagem. Na época, estudava num colégio cheio de meninas e era bom porque umas faziam fila na minha sala para se maquiar. Mas, em compensação, tinham outras que zoavam muito comigo. Diziam que eu era ridícula e me desencorajavam. Sofria bullying por ser a única do colégio que fazia vídeos. Na hora, batia a insegurança, mas depois eu dei a volta por cima”, relembra.
“Ainda vivia uns perrengues por morar na comunidade, como falta de luz, mas sempre agi com resiliência. Eu tinha umas amigas que falavam ‘Bia, tudo dá errado. Isso não é um aviso?’. Respondia: ‘não pedi para ninguém mandar recado’. Na minha vida, tudo tem que dar errado para depois dar certo. Quando comecei, o trabalho não era monetizado. Levou dois anos para eu ganhar meu primeiro dinheiro do YouTube, que pagava por visualizações. Fui numa loja da MAC e gastei tudo lá. Comprei um pó, uma base e um corretivo. Foi o que consegui. Fiquei muito feliz com a comprinha porque minhas maquiagens eram todas baratinhas. Sempre guardei dinheiro e, aos 21 anos, comprei meu primeiro apartamento com o que ganhei do canal. Hoje minha família trabalha comigo”, comemora.
Informações: Revista Quem