Coordenado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), “Máscaras pela Vida” foi criado para fornecer equipamentos de proteção individual à população e profissionais de saúde
Quem disse que em uma unidade escolar só se transmite conhecimento? A estrutura da Rede de Institutos Tecnológicos do Estado de Goiás (Itego) está aí para provar que solidariedade também pode fazer parte da grade de estudos dos alunos. O exemplo mais recente? Os laboratórios de costura da unidade em seis municípios foram disponibilizados pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), para que instituições públicas e privadas possam produzir equipamentos de proteção individual (EPIs) durante a pandemia do coronavírus.
Batizado de “Máscaras pela Vida”, o projeto já tem como saldo, em pouco mais de dois meses de execução, 2,2 milhões de acessórios faciais fabricados. E não somente isso: ficaram prontos, também, entre os dias 8 de abril e 11 de junho, mais de 127 mil aventais, incluindo os que são utilizados em pacientes durante cirurgias; e 1,3 mil conjuntos privativos (calças e camisas de pijama para os pacientes). Para se ter uma ideia concreta do tamanho dessa produção, basta uma comparação simples: em metros quadrados, significa dizer que a quantidade de tecidos cortada seria capaz de cobrir uma área de 263.415, o equivalente a 37 campos de futebol.
Gerente de Educação Superior Profissional e Tecnológica da Sedi, Ana Luiza Souza Mendes explica que os laboratórios dos Colégios Tecnológicos (Cotecs) de seis cidades integram o projeto: Jaraguá, Taquaral, Itapuranga, Itaguaru, Catalão e Pontalina. Neles, todo o trabalho é desenvolvido em máquinas Audaces, capazes de realizar cortes de alta precisão em tecido, o que contribui para reduzir o desperdício de materiais e acelerar o processo produtivo.
Até o momento, foram atendidas mais de 40 instituições, entre elas, a Universidade Federal de Goiás (UFG); a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Jaraguá; a subseção de Jaraguá da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); empresas do setor produtivo, além de diversas prefeituras municipais que estão alinhadas com a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG).
“Acho importante destacar que, além de cumprir sua missão de capacitar pessoas, a Rede Itego também está contribuindo, durante a pandemia, com as pequenas empresas que ficaram sem receitas. Esses comerciantes usam os nossos equipamentos, a um custo muito baixo, praticamente só arcam com a matéria-prima, e têm uma nova opção de produto [os EPIs] para colocar no mercado”, ressalta Ana Luiza, ao lembrar, ainda, que, no caso de a produção ser doada, não há ônus a se cobrar pela utilização das Audaces. A previsão é que o projeto seja realizado até o dia 8 de julho.
Fotos: Júnior Guimarães
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás