Programa é voltado a atletas olímpicos, paralímpicos e surdolímpicos que se qualificam entre os 20 melhores do ranking mundial de suas categorias
Rebeca Andrade, Beatriz Souza, Maria Carolina Santiago e Gabriel Araújo. Em comum a eles, medalhas de ouro nos Jogos de Paris 2024 e a parceria histórica com a Bolsa Pódio. Voltada para atletas com chances reais de medalha nas principais competições do mundo, a categoria mais alta do Bolsa Atleta do Governo Federal teve edital aberto no último dia 12 de dezembro.
Como de praxe, as adesões devem ser feitas pelo sistema on-line, disponível no portal do Ministério do Esporte. A indicação pode ser feita de 19 de dezembro a 10 de fevereiro de 2025. Entre os critérios para ingresso, a exigência de que o atleta esteja entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades.
“Essa é a consolidação do compromisso do governo do presidente Lula em promover a excelência esportiva e representar o país de forma digna em competições internacionais”, afirmou o ministro do Esporte, André Fufuca.
Essa é a consolidação do compromisso do governo do presidente Lula em promover a excelência esportiva e representar o país de forma digna em competições internacionais”
André Fufuca, ministro do Esporte
O edital considera provas individuais e em duplas que integram o programa dos Jogos Olímpicos, dos Jogos Paralímpicos ou dos Jogos Surdolímpicos. No Brasil, as entidades representativas são o Comitê Olímpico do Brasil (COB), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a Confederação Brasileira de Desportos de Surdos (CBDS).
“O lançamento do edital marca um momento estratégico para o esporte brasileiro. Dá início ao novo ciclo rumo a Los Angeles 2028. Nosso compromisso é garantir que os maiores talentos do país recebam o suporte para alcançar a excelência. Sob a gestão da Secretaria Nacional de Excelência Esportiva, seguimos investindo no protagonismo do Brasil no cenário internacional, fortalecendo a base e projetando nosso futuro no alto rendimento”, afirmou a secretária nacional de Excelência Esportiva do Ministério do Esporte, Iziane Marques.
REAJUSTE — Em 2024, o Bolsa Atleta completou 20 anos e teve o primeiro reajuste de valores dos últimos 14 anos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto que aumentou os valores das bolsas em 10,86%. No caso da Bolsa Pódio, os valores das Bolsas passaram a ser de R$ 5.543 mensais a R$ 16.629, de acordo com o lugar dos atletas no ranking mundial.
RECORDE DE BOLSAS — Em 2023, o Bolsa Atleta investiu R$ 121 milhões em atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas, para um recorde de 8.292 bolsas concedidas. Em 2024, o recorde foi ampliado, com mais de 9 mil atletas contemplados. O investimento superou os R$ 160 milhões.
ONIPRESENÇA — A capilaridade e a abrangência do Bolsa Atleta se refletem nos resultados do Brasil nos principais eventos mundiais. Em Paris, o Brasil fechou os Jogos Olímpicos com 20 medalhas, a segunda melhor marca da história. Foram três ouros, sete pratas e dez bronzes, que colocaram o país no 20º lugar do quadro geral. Pelo total de pódios, o Brasil terminou em 12º. Todas as conquistas tiveram a marca do Bolsa Atleta. O programa está na trajetória de 100% dos brasileiros premiados. Dos 60 medalhistas em Paris — 48 são mulheres e 12 são homens — 100% são integrantes do Bolsa Atleta ou estiveram em editais ao longo de suas carreiras. Já nos Jogos Paralímpicos, a campanha foi a melhor da história do país, com 89 medalhas (25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes). O Brasil bateu o recorde de pódios, que era de 72, e chegou pela primeira vez no top 5, em quinto lugar. Todas as medalhas tiveram a digital do Bolsa Atleta.