A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) prorrogou por mais 180 dias a vigência da situação de emergência zoossanitária no Estado de Goiás, de forma preventiva, para a mitigação do risco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP-H5N1).
A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) na quinta-feira (25/07) por meio do Decreto nº 10.504/2024.
O novo prazo entrou em vigor no último domingo (28/07) e mantém o status de emergência zoossanitária, instituído em agosto de 2023 pelo Decreto nº 10.297/2023, até janeiro de 2025. A legislação estadual segue orientações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que instituiu a situação em virtude da detecção da infecção pelo vírus da Influenza Aviária no território brasileiro.
“A Agrodefesa, enquanto órgão oficial de defesa agropecuária do Governo de Goiás, segue alerta e vigilante para evitar a entrada da Influenza Aviária no estado. Felizmente, não tivemos nenhuma confirmação da doença em Goiás, e essa prorrogação deve permitir que intensifiquemos as ações executadas pela agência, incluindo a prevenção e o monitoramento das aves, sejam silvestres, de subsistência (de quintal) ou em granjas comerciais”, reforça o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta.
Plano de Vigilância de Influenza Aviária
De janeiro a junho, a Agrodefesa realizou um inquérito soroepidemiológico em aves presentes no estado, medida que faz parte do Plano de Vigilância de Influenza Aviária e doença de Newcastle.
Para isso, foram mobilizados mais de 50 fiscais estaduais agropecuários – médicos veterinários – da agência, distribuídos por todas as regiões do estado, realizando coletas em 142 propriedades comerciais avícolas e vigilância em aves de subsistência de 56 propriedades. Foram coletadas e analisadas 6.704 amostras.
Além dos profissionais em campo, seis médicos veterinários do Laboratório de Análise e Diagnóstico Veterinário da Agrodefesa (Labvet) atuaram na triagem e envio das amostras para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA-SP), enquanto três profissionais ofereceram o suporte necessário para a boa execução do plano, diretamente na Gerência de Sanidade Animal.
“Temos realizado ações coordenadas com os produtores rurais e entidades representativas do setor para monitorar a entrada de doenças de alto potencial patológico como a Influenza Aviária e também a doença de Newcastle. O inquérito do primeiro semestre concluiu que não há circulação desses vírus no Estado e que Goiás mantém o status de zona livre das duas doenças”, complementa o gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Rafael Vieira.
Notificação
Rafael também ressalta a importância da notificação de qualquer suspeita de doença nervosa e respiratória em aves à Agrodefesa para investigação e contenção rápidas caso sejam confirmados.
“Com a notificação precoce, a Agrodefesa consegue atuar de forma eficaz para contenção de possíveis focos. Essa notificação pode ser feita em uma das Unidades Operacionais Locais da Agrodefesa nos municípios ou por meio do sistema e-Sisbravet”, orienta.
O e-Sisbravet pode ser acessado pelo link: https://sistemasweb4.agricultura.gov.br/sisbravet/manterNotificacao!abrirFormularioInternet.action
Sem registro em Goiás
A Influenza Aviária já foi detectada em oito estados brasileiros, mas Goiás segue sem registro de casos. É uma doença de notificação obrigatória na Organização Mundial da Saúde Animal devido ao seu alto potencial de contágio.
A detecção pode acarretar, além da dizimação do plantel, o estabelecimento de barreiras sanitárias para a comercialização de produtos avícolas no mercado interno e externo, resultando em um prejuízo econômico considerável aos produtores do setor.
“Seguiremos com a aplicação das medidas impostas pelo Plano de Vigilância, contando sempre com a colaboração dos produtores rurais para que essas doenças não adentrem o estado. O Governo de Goiás, por meio da Agrodefesa, tem atuado em diferentes frentes, seja pela análise, monitoramento, seja ainda pela educação sanitária conscientizando que precisamos dar a atenção devida e evitar focos no nosso Estado”, finaliza José Ricardo Caixeta, presidente da Agrodefesa.