Pesquisa do IBGE em parceria com o Ministério do Turismo aponta um total de 21,1 milhões de viagens realizadas no ano passado, o que gerou movimentação de R$ 20 bilhões
As 21,1 milhões de viagens realizadas por 20,4 milhões de brasileiros para destinos nacionais em 2023 representaram um aumento de 71,5% na comparação com 2021, quando foram registradas 12,3 milhões de viagens. O turismo doméstico movimentou R$ 20 bilhões no ano passado — um crescimento de 78,6% também em relação a 2021, quando o segmento injetou R$ 11,3 bilhões no país.
“Esses números só confirmam a potência do turismo brasileiro! Estamos no caminho certo e vamos continuar trabalhando com o Programa Conheça o Brasil, ampliando a conectividade aérea, facilitando o acesso a crédito para a compra de passagens e pacotes turísticos e estimulando o turismo cívico. Isso tudo para incentivar que o brasileiro visite o seu país”
Celso Sabino
Ministro do Turismo
Os dados, divulgados nesta sexta-feira, 13 de setembro, são do módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério do Turismo. Segundo a pesquisa, 97% dos destinos escolhidos pelos brasileiros em 2023 foram nacionais.
Em 19,8% dos 77,4 milhões de domicílios visitados, os pesquisadores registraram a realização de pelo menos uma viagem. Essa média foi superada no Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Paraná e Pará, com registros em mais de 22% das residências.
“Esses números só confirmam a potência do turismo brasileiro! Estamos no caminho certo e vamos continuar trabalhando com o Programa Conheça o Brasil, ampliando a conectividade aérea, facilitando o acesso a crédito para a compra de passagens e pacotes turísticos e estimulando o turismo cívico. Isso tudo para incentivar que o brasileiro visite o seu país”, destacou o ministro do Turismo, Celso Sabino.
A Região Sudeste foi a origem de 45,9% das viagens realizadas em 2023, seguida por Nordeste (22,0%), Sul (17,1%), Centro-Oeste (8,2%) e Norte (6,8%). Com relação ao destino, a sequência foi a mesma: Sudeste (43,4%), Nordeste (25,3%), Sul (17,4%), Centro-Oeste (7,5%) e Norte (6,4%).
MOTIVAÇÃO — A maior parte das viagens foi motivada por questões pessoais (85,7%), sendo o lazer a principal razão (38,7%), seguido por visita ou evento de familiares e amigos (33,1%). Entre as pessoas que viajaram por motivos profissionais (14,3%), a maioria — 82,4% — se deslocou a negócios ou a trabalho. Para 11,6%, a decisão teve como objetivo a participação em eventos e cursos de desenvolvimento profissional.
Em relação aos que viajaram a lazer em 2023, quase metade (46,2%) buscou destinos de sol e praia, enquanto 22% procuraram natureza, ecoturismo ou aventura. O segmento de cultura e gastronomia registrou a preferência de 21,5% dos viajantes — aumento em relação a 2021, quando foi a escolha de 16% dos turistas.
O uso de meios de transporte não coletivos, como carro particular e de empresa, caiu de 57,2%, em 2021, para 51,1%, em 2023. As viagens de um a cinco pernoites predominaram em 2023, representando 52,6% do total. E a maioria dos turistas (41,8%) optou por ficar em casas de parentes e amigos.
GASTOS — A hospedagem respondeu pela maior parte do investimento do viajante, com um valor médio de R$ 1.563, seguida de alimentação, com R$ 621, transportes, com R$ 544, e compras, com R$ 523.
As pessoas que partiram do Nordeste tiveram o menor gasto: R$ 1.170. No entanto, quando o destino era algum estado da região, foram registradas as maiores cifras, com uma média de R$ 2.321.
Quanto ao perfil econômico, a maioria das viagens realizadas no ano passado (46%) foi feita por pessoas de domicílios com renda per capita de quatro ou mais salários mínimos. Já entre aqueles com renda per capita abaixo de meio salário mínimo, o percentual chegou a 11,6%.