O Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) implantou, neste mês de abril, o projeto de planejamento familiar na unidade, como parte integrante da Rede Cegonha. O objetivo principal é oferecer atenção integral à saúde da mulher, fornecendo serviços e orientações relacionadas ao planejamento reprodutivo.
O projeto estabelece um cronograma específico: as segundas-feiras serão dedicadas às consultas ambulatoriais, enquanto as quintas-feiras serão reservadas para a realização de cirurgias. Segundo a coordenadora da obstetrícia, Ramylla Magalhães, essa organização visa aperfeiçoar o atendimento e garantir que as pacientes recebam os cuidados necessários de forma eficiente e oportuna.
PLANEJAMENTO FAMILIAR
Entre os serviços oferecidos estão a realização de laqueaduras, colocação de dispositivo intrauterino (DIU) e orientações sobre métodos contraceptivos. Essas intervenções são essenciais para mulheres que desejam limitar o tamanho de suas famílias ou que apresentam contraindicações para a gestação.
“Aqui, vamos planejar a questão reprodutiva da mulher. Se ela quer ter um filho ou mais, quando quer, qual espaçamento de tempo entre os filhos e quando encerrar. Então, a gente trabalha toda a contracepção, tanto a hormonal, como a pílula, a injeção, não hormonais, como a colocação de DIU e também a realização de laqueadura. Temos toda uma equipe multidisciplinar para trabalhar nessa questão com a paciente. Tudo disponível na rede pública, totalmente gratuito”, enfatiza a ginecologista Marina Araújo, que está acompanhando as pacientes no planejamento familiar no ambulatório.
Camila Pereira, de 31 anos, está com quase 20 semanas de gravidez. Para a moradora de Bonfinópolis, esse projeto é extremamente importante.
“Essa gestação não foi planejada, foi acidental. Não queria ter filhos. Então, depois, já vou querer fazer laqueadura. Com esse projeto, as mulheres vão poder se informar e programar sobre o momento de ter filho ou não, de fazer suas escolhas. De ter um acompanhamento com o uso de contraceptivos”, avaliou.
Os atendimentos aos pacientes são realizados por meio da regulação. A implantação desse projeto pelo Hemu contribui ainda mais na promoção da saúde e bem-estar da população. Para a coordenadora da obstetrícia, esse iniciativa representa um avanço significativo na assistência à saúde da mulher.
“É um passo gigante na atenção integral à mulher, ajudando pacientes que não desejam ter filhos ou que têm contraindicações para a gestação”, destacou Ramylla.