As gêmeas siamesas, Heloá e Valentina, de três anos, foram separadas na noite desta quarta-feira (11/01), no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia. O estado de saúde das irmãs, que eram unidas pelo abdômen e bacia, é grave.
Segundo o último boletim médico, divulgado na manhã desta quinta-feira (12/01), as gêmeas estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) respirando por aparelhos, e tomando medicamentos para controle da pressão arterial.
A cirurgia de separação e reconstrução das siamesas durou mais de 15 horas e terminou à meia-noite desta quinta. O procedimento foi feito pela equipe do cirurgião pediátrico Zacharias Calil e envolveu cerca de 50 profissionais, entre eles, especialistas de ortopedia, cirurgia plástica e urologia. As irmãs eram ligadas pelo tórax e compartilhavam diversos órgãos, como fígado, intestino e genitália.
De acordo com Zacharias Calil, que já atuou em 22 casos similares, esta cirurgia foi uma das mais complexas de sua carreira. “Nós já prevíamos um elevado grau de dificuldade devido ao grande número de órgãos compartilhados pelas irmãs, mas felizmente conseguimos superar todas as intercorrências que surgiram durante a cirurgia”, disse.
Desde 2021, o médico goiano acompanha as irmãs, que são de Guararema, interior de São Paulo. Há dois anos, os pais das crianças mudaram para Morrinhos, no interior de Goiás, com o objetivo de facilitar o deslocamento até Goiânia.