Goiás é pioneiro em tecnologias imersivas e realidade virtual

Criado com apoio do Governo de Goiás, o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia-UFG) coordenará o primeiro Centro de Competência em Tecnologias Imersivas Aplicadas a Mundos Virtuais do país.

A iniciativa receberá um investimento inicial de R$ 74 milhões, sendo R$ 60 milhões do governo federal e outros R$ 14 milhões de consórcio feito pelo governo estadual e outras entidades, como o Sebrae.

PIONEIRO EM TECNOLOGIAS

O centro de competência recebe o selo da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), organização social ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que fará o repasse de recursos ao longo de 42 meses para que ele atue na pesquisa em tecnologias que irão simular o mundo físico por meio da realidade virtual.

No escopo de produtos a serem desenvolvidos em solo goiano estão: hologramas e robôs em tamanho real, tecnologias de realidade virtual, processamento de fala e inteligência artificial generativa.

“O Ceia nasceu de uma decisão do governador Ronaldo Caiado, em parceria com a Universidade Federal de Goiás, de potencializar o crescimento da inteligência artificial no estado. O nosso Governo tem procurado de todas as formas investir nesse setor tão importante. Já somos a grande referência em inteligência artificial da América Latina, mas podemos potencializar ainda mais”, disse o vice-governador Daniel Vilela.

Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico Lyra Netto afirmou que o objetivo é tornar Goiás um dos principais polos de aplicação de inteligência artificial do mundo.

“Medimos isso pelo número de pesquisadores, pela quantidade de startups e também pelo poder computacional. Estamos atrás disso para que possamos competir de igual para igual no mundo, e o evento de hoje é um novo marco para o estado, com mais parceiros, com mais recursos e mais impacto.”

Coordenador-geral do novo centro de competência, Arlindo Galvão diz que os investimentos devem ser feitos em quatro pilares: pesquisa, formação, infraestrutura e startups.

“Vamos construir em Goiás, por exemplo, o maior e melhor laboratório de tecnologias imersivas no hemisfério sul.” Diretora-executiva do Ceia, que é ligado à UFG, Telma Soares ressaltou a importância das parcerias para o impacto que a instituição pode causar. “Queremos trazer mais crescimento para Goiás e o Brasil, e os parceiros são muito importantes para fazer isso acontecer”.

GOIÁS COMO REFERÊNCIA

Criado em 2019, o Ceia recebeu inicialmente o aporte de R$ 12 milhões do Governo de Goiás, via Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapeg), com o compromisso de captar outros R$ 12 milhões em cinco anos.

Em abril deste ano, porém, o centro alcançou R$ 200 milhões em investimentos captados. Para o Diretor de Operações da Embrapii, Marcelo Prim, isso é prova do destaque nacional do centro. “O Ceia tem se destacado muito no apoio à indústria brasileira.”

Para o secretário-geral de Governo, Adriano Rocha Lima, a marca de R$ 200 milhões alcançados mostra o quanto foi acertada a iniciativa do governo de apoiar a criação do centro, em 2019.

“É uma política de Estado que é fundamental para o desenvolvimento do país.” Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Marcos Arriel complementa lembrando que, em 2023, Goiás teve quase três vezes mais investimentos em ciência, tecnologia e inovação do que a média nos anos anteriores. “E, para 2024, queremos ampliar ainda mais.”

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