Em três delas, o Brasil já superou a meta estabelecida. País recebeu, ainda, o certificado de eliminação do sarampo.
O Brasil celebra resultados como a saída da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas e o certificado de eliminação do sarampo, que havia perdido em 2019. “Aumentamos a vacinação de 15 das 16 vacinas do calendário infantil e temos esse dado importante, de termos alcançado a meta de cobertura. É essencial esclarecer que a vacina é proteção coletiva, então a nossa proteção depende da vacinação de cada um que tem recomendação para ser vacinado”.
NÍSIA TRINDADE
Ministra da Saúde
A ministra ressaltou o aumento de quase todas as vacinas recomendadas para o público infantil. A abrangência da imunização contra a poliomielite, por exemplo, subiu de 67,7% para 100% das crianças. “Aumentamos a vacinação de 15 das 16 vacinas do calendário infantil e temos esse dado importante, de termos alcançado a meta de cobertura. É essencial esclarecer que a vacina é proteção coletiva, então a nossa proteção depende da vacinação de cada um que tem recomendação para ser vacinado”, disse.
Desse total, 12 vacinas já ultrapassaram o percentual do ano anterior. Em três, o Brasil superou a meta: BCG, Poliomielite (reforço) e Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola). As principais imunizações já passam da faixa de 90% de cobertura, de acordo com o Ministério da Saúde.
A ministra destacou que o avanço se deu em função de diversos fatores, como a retomada de campanhas, o diálogo levando em consideração peculiaridades de cada região, o fortalecimento da Estratégia de Saúde da Família e a vacinação em escolas.
Desde 2023, houve a valorização do Programa Nacional de Imunização (PNI), o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação e o combate ao negacionismo em relação à ciência e às vacinas. “É um conjunto de fatores. Ao fortalecer todo o sistema de saúde, onde se faz a vacinação, que é na Atenção Primária, você permite a chegada do vacinador até as pessoas ou das pessoas até a Unidade de Saúde”, resumiu a ministra.
SARAMPO — Como consequência desse planejamento, o Brasil recebeu o certificado de eliminação do Sarampo, título perdido em 2019. Este ano, o Brasil já alcançou a meta preconizada pelo PNI, de 95%. O Ministério da Saúde segue reforçando a importância da vacinação para prevenir os casos graves. A cobertura da primeira dose passou de 80,7% em 2022 para 88,48% em 2023. “No caso do sarampo também, que é uma doença que pode trazer sequelas graves e até a morte, o dado é fantástico. O Brasil voltou a ter a certificação de país livre do sarampo, da rubéola e da rubéola congênita, que é aquela que a mãe transmite para o bebê em gestação. São dados realmente muito importantes, fruto de grande esforço”, ressaltou.
HPV — Outro indicador exaltado pela ministra foi o aumento de 42% entre 2022 e 2023 da vacinação contra HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Os dados mostram que o Brasil está perto de alcançar a meta para essa imunização. Foram mais de 6,1 milhões de doses aplicadas. “É importante para proteger nós mulheres do câncer de colo de útero e também é importante para os meninos, porque protege outros tipos de câncer. A vacinação aumentou 40% e passou a ser feita nas escolas. Agradeço à comunidade escolar e ao Ministério da Educação que nos apoia na iniciativa”, destacou a Nísia.
COVID-19 — Durante conversa com as emissoras de rádio, Nísia Trindade também ressaltou a necessidade de fortalecer a comunicação referente à vacinação contra Covid-19. Nesta semana, o Ministério da Saúde divulgou a atualização da estratégia de vacinação contra a Covid-19. Entre as novidades estão a inclusão da vacina no Calendário Nacional de Vacinação para gestantes e idosos (60 anos ou mais); o início da oferta da vacina da Zalika Farmacêutica no Programa Nacional de Imunizações (PNI); e o esquema vacinal para crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade com três doses da vacina da Pfizer. “A Covid-19 é um grande desafio, tanto para adultos quanto para crianças. E o que nós estamos fazendo é intensificando a campanha de vacinação, os esclarecimentos, trabalhando junto às escolas, porque nessa vacina em especial tivemos o maior impacto das fake news”, ressaltou a titular da Saúde.
SAÚDE COM CIÊNCIA — A ministra também citou o portal “Saúde com Ciência”, iniciativa para combater a desinformação. Ainda acerca do tema, a ministra ressaltou que há vacinas para toda a população e que estão em processo de distribuição. Neste mês, destacou Nísia, foram distribuídas 1,5 milhão de doses. “Nós estamos em plena distribuição das vacinas de Covid-19. Estamos com vacinas asseguradas para o atendimento à população, precisando do apoio de todos os profissionais de comunicação, dos gestores municipais para intensificar o apoio ao nosso trabalho para que as pessoas se vacinem e se protejam”.